segunda-feira, 4 de julho de 2011

Ainda a televisão

Postado por Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro
Na semana passada discutimos o mau uso que é feito das mídias, especialmente, as de grande impacto como a televisão. O retorno dos amigos e companheiros me estimulou a avançar mais um pouco no tema.
Os pais de família sempre às voltas para transferir qualquer gota de conhecimento útil para seus filhos se vêm numa batalha quase que perdida diante da brutalidade com que os meios de comunicação tratam a formação de nossos jovens.
A gente respira um pouco de civilização aqui e ali, nos programas da TV Cultura e do Canal Futura, com alguns respingos de aposta na formação através das iniciativas do programa do Luciano Huck, com os estímulos aos jovens em soletrar palavras. E só.
De resto só temos os dramas vazios das novelas, com tramas que destacam os pequenos golpes e os noticiários que cultivam suas audiências em cima da discriminação e dos desrespeito às pessoas. Os apresentadores são ao mesmo tempo Promotores, Juízes e Polícia.
Julgam e condenam todos os que caem nas suas telas em questão de minutos. Mas o fazem de maneira preferencial. Condenam mais rapidamente os mais pobres, mais pretos, mais nordestinos.
Basta noticiarem um crime em bairros elegantes que o personagem se transforma em empresário. Em vez da acusação direta, alegam que supostamente cometeram este ou aquele crime.
Quando colocamos na ponta do lápis os gastos que estas redes realizam com sua programação e descobrimos que todas elas são concessão pública, nos perguntamos até quando vão tratar nossa cidadania com tanto desrespeito.
Não queremos uma televisão estatal, com uma programação controlada por iluminados. Queremos apenas um mínimo de compreensão e bom senso dos responsáveis pelos conteúdos e que nos ajudem nesta árdua tarefa de construir nosso futuro.
Um futuro que poderia ser realimentado e organizado a partir da interação de parte desta programação com os jovens que estão retidos em nossas casas na falta de alternativa de formação ou de empregos.
Sei que é sonhar demais lamentar o dinheiro jogado fora nas programações cheias de Big Brother e outras coisas do gênero. Mas é importante que alguém registre o que vai pela alma dos pais e mestres, dos cidadãos e cidadãs, ávidos por um Brasil melhor.

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