quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

2012 no Chão de Fábrica


Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro, secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

A gente sempre começa a semana ou o mês animado. Quando é ano novo então chegamos com energia total. Cheios de perdão para com as ranhetices da chefia, cheios de energia e principalmente com boa vontade para acertar nas partes que nos cabem para que a produtividade, o ambiente de produção, nossos ganhos e empregos se mantenham ao longo do ano.
Nesta fase do ano, ainda janeiro e antes do Carnaval, repensamos os altos e principalmente os baixos do ano que encerramos. É hora de sentar com a família e tentar descobrir as dívidas que escaparam ao radar coletivo. Tentar segurar os ânimos de consumo e ver se podemos redistribuir a renda para evitar que um ou outro da família se enrole todo com o Serasa ou SPC.
Fazemos, também, um balanço da saúde, dos projetos que juramos que colocaríamos em prática em 2012. Muita coisa depende da gente e estaremos, claro, empenhados. Por exemplo, estamos com a alma aberta para melhorar o ambiente no Chão de Fábrica. Mas, nem por isso, estamos dispostos a engolir sapos mais do que o necessário.
Confiamos que as chefias e os RHs se empenhem para ampliar o diálogo, ouvir mais antes de condenar, de confiar nos seus colaboradores que como contrapartida entregam, de verdade, grande parte de suas vidas, de seus sonhos e esperanças para o local em que trabalham.
Porque, com o tempo de convivência no Chão de Fábrica, descobrimos que nos empenhamos diariamente para objetivos que nos escapam ao dia a dia. Mesmo nos concentrando na qualidade final das peças produzidas, mesmo prestando atenção à quantidade produzida, nos escapam os objetivos finais da produção.
Nem sempre conhecemos o produto final, muito menos o preço do que produzimos. E apesar de termos certeza que geramos riqueza, desconhecemos a parte do lucro que geramos. Mesmo assim, trabalhamos sempre animados e dispostos a contribuir muito além da nossa responsabilidade para manter a fábrica competitiva.
Mas temos sempre a certeza, entra ano e sai ano, que a direção das empresas dependem de nosso empenho produtivo. Por isso, aproveitamos o início de ano para sugerir que se amplie o entendimento e o diálogo entre os gerentes da fábrica e nós, no Chão de Fábrica.
Vamos, assim, construir a harmonia que desejamos uns aos outros no Natal passado. Para o bem dos nossos empregos, da nossa saúde ambiental no Chão de Fábrica e, principalmente, para acelerar ainda mais a geração de riquezas para nossas comunidades e nosso amado Brasil.

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