segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Responsabilidade financeira


Por Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro, secretario geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

A euforia já tomou conta do Chão de Fábrica. Estamos com a sensação gostosa de uma conta gorda, enquanto cumprimos nossas tarefas de um mês, que com certeza, será muito menor que o salário. Além do reajuste e do abono, teremos PLR e 13o e muitos terão adiantamento das férias e férias.
Já acertamos os pequenos empréstimos uns com os outros. Já planejamos as prestações, os gastos com a ceia de Natal. Estamos na cômoda situação de contas equilibradas. Por isso, a tentação é muito grande nesse período. Olhamos com olhos de cobiça para aquele carrinho que nem sequer notávamos antes. A TV de LCD volta a brilhar e a nos chamar quando entramos nas lojas ou nos supermercados. O tênis caro dos nossos filhos também nos chama a atenção.
Mas é hora também de responsabilidade financeira.  Consumir, sim, afinal o mercado interno depende de nossa atuação como consumidores, brasileiros, trabalhadores e patriotas. Mas também temos a responsabilidade de gastar bem um dinheiro que é fruto de nosso trabalho duro, ao longo do ano todo.
Ter a disciplina de pesquisar e comparar preços, de não nos deixarmos levar pelo impulso e, principalmente, controlarmos nossa vaidade no momento da compra. Será que precisamos mesmo de um novo aparelho de LCD ou só estamos comprando porque nosso vizinho também comprou? Será que precisamos mesmo de um celular extra ou só compramos porque todo mundo tem agora dois celulares e não queremos ficar para trás.
Se a gente aprender a controlar os impulsos vai sobrar, com certeza, uma reserva que poderemos manter ao longo do ano. Reserva que poderemos investir e reinvestir para ter sempre uma proteção extra para nós e nossa família. Proteção cada vez mais necessária nestes momentos de crise mundial que não sabemos, ainda, se vai ou não afetas nossos empregos e salários.
Isso se chama responsabilidade financeira. Essencial para que aos poucos, mesmo como assalariados, possamos construir nossa independência financeira. Em vez de sermos consumistas irresponsáveis, que compra sem pesquisa, apoiados na vaidade pessoal em vez da responsabilidade para com nossa família e nosso futuro.

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