tag:blogger.com,1999:blog-46042968347859406312024-02-21T16:45:12.824-08:00Chão de Fábrica e CidadaniaSivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.comBlogger28125tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-91894183070870715062012-06-24T19:06:00.000-07:002012-06-24T19:09:01.158-07:00<span class="Apple-style-span" style="color: #990000; font-size: large;"><br /></span><br />
<div>
<div class="yiv1143357447MsoNormal">
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #990000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-large;">O destino da sustentabilidade passa pelo Chão de
Fábrica</span></b><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: red; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="yiv1143357447MsoNormal">
</div>
<div class="yiv1143357447MsoNormal">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por
Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro, secretario geral do Sindicato dos
Metalúrgicos de Santo André e Mauá</span></b></div>
<div class="yiv1143357447MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span></div>
<div class="yiv1143357447MsoNormal">
<span style="font-size: 13.5pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nós que estamos todos os dias no Chão de Fábrica, além
dos braços e músculos, temos cérebro, olhos e ouvidos. Muitas empresas
desprezam nossos cérebros, querem apenas trabalhadores que cumpram ordens. </span></span></div>
<div class="yiv1143357447MsoNormal">
<span style="font-size: 13.5pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas estamos cada vez mais conscientes da necessidade
de as empresas e as grandes corporações a que estão vinculados aprendam a nos
ouvir e a respeitar nossos pontos de vista.</span></span></div>
<div class="yiv1143357447MsoNormal">
<span style="font-size: 13.5pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Porque estamos envolvidos nas 24 horas do dia na
geração de riqueza, transformamos lingotes de ferro em verdadeiras obras de
arte, com o uso de energia de máquinas poderosas, que jamais funcionariam se
não tivessem a participação de nossos cérebros treinados a conduzi-las.</span></span></div>
<div class="yiv1143357447MsoNormal">
<span style="font-size: 13.5pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas ainda não temos autonomia para frear a indiferença
das nossas chefias para com o destino do Planeta. Participamos, mesmo cumprindo
ordens, de atividades que nos enchem de pânico quando sentimos o efeito que
acarreta na natureza.</span></span></div>
<div class="yiv1143357447MsoNormal">
<span style="font-size: 13.5pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Porque, infelizmente, mesmo nos esforçando, a
sustentabilidade ainda não chegou no Chão de Fábrica.</span></span></div>
<div class="yiv1143357447MsoNormal">
<span style="font-size: 13.5pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É preciso discutir novos avanços gerenciais. Como
temos as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes, as Cipas, que tenhamos
também maneiras de coletivamente avaliarmos o impacto ambiental de tudo aquilo
que produzimos.</span></span></div>
<div class="yiv1143357447MsoNormal">
<span style="font-size: 13.5pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para onde vai o esgoto da fábrica e os seus resíduos?
Quem manipula o lixo da fábrica? Quem cuida do ar ambiente e dos seus efeitos
tóxicos nos seus trabalhadores e na vizinhança da fábrica?</span></span></div>
<div class="yiv1143357447MsoNormal">
<span style="font-size: 13.5pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">São essas questões que deveríamos discutir sempre, nas
24 horas do dia, quando estamos entregues à labuta. Para agregar
sustentabilidade do Planeta às nossas atividades no Chão de Fábrica. Quem sabe
que dentro do espírito da Rio+20 tenhamos condições de fazer esse tema avançar
junto à indiferença dos capitães da indústria?</span></span></div>
</div>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-22631328154699502442012-02-14T08:54:00.000-08:002012-02-14T08:54:10.070-08:00Brasil gasta mais com preso, sem trabalhar, do que com estudante<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><b><span style="color: #222222; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro, secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: #222222; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No Chão de Fábrica a gente troca ideias toda hora. Tem sempre o cafezinho e a água, a hora do vestiário, as longas jornadas para ir e voltar do trabalho. E um assunto que nos incomoda é saber que no Brasil se gasta até R$ 40 mil por ano com cada preso em um presídio federal. E R$ 21 mil por ano para cada presidiário das penitenciárias estaduais, ou seja, quase dez vezes mais do que os R$ 2,3 mil por ano que são investidos em cada aluno (ou aluna) do ensino médio.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: #222222; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nossas prisões federais e estaduais comprovadamente não recuperam ninguém. Só pioram e desgraçam o cidadão para sempre, independente do tipo de crime que tenha cometido. Caiu lá é um condenado para sempre, infelizmente. Apesar de consumir muito mais dinheiro que se gasta com educação, não se consegue medir os retornos sociais.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: #222222; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com educação é diferente. Mesmo com os humilhantes R$ 2.300 por ano, que dá mais ou menos R$ 190 por mês, ou R$ 6,4 por dia com cada estudante do ensino médio, o equivalente a duas passagens de ônibus em São Paulo, a educação abre portas para a dignidade pessoal e profissional.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: #222222; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com uma garantia mínima de acessar um emprego decente e se ter a esperança de romper as barreiras da desigualdade social, que como todos sabemos é a grande geradora da violência, dos crimes contra a vida e a propriedade e que realimenta as cadeias brasileiras.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: #222222; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Estamos em ano eleitoral. E muitos candidatos vão nos procurar com a ladainha de sempre sobre a necessidade de mais segurança (se bem que o investimentos em prisões não seja da alçada municipal) quando todos estamos cansados de saber que temos que concentrar nossas energias cidadãs no investimento em Educação, com E maiúsculo.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: #222222; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Investir o que for necessário para garantir a educação completa, desde a creche até o ensino médio e superior. Pois estaremos assim formando jovens que se tornarão homens e mulheres livres, com orgulho de poderem contribuir para gerar riquezas em nosso Brasil e de compartilharem com a gente a labuta do Chão de Fábrica, se assim desejarem.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: #222222; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cidadãos que vão batalhar todos os dias e com dignidade pelo pão de cada dia em vez de se correr o risco de numa hora do desespero serem seduzidos pelo crime e terminarem seus dias vergonhosamente numa prisão. E o pior, consumindo entre R$ 21 mil e R$ 40 mil dos cofres públicos, sem terem a mínima chance de recuperação para a sociedade. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-61039536839560366592012-02-02T10:31:00.001-08:002012-02-02T10:31:39.372-08:00PLR ou Big Brother Brasil<style>
@font-face {
font-family: "Calibri";
}@font-face {
font-family: "Cambria";
}p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal { margin: 0cm 0cm 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman"; }div.Section1 { page: Section1; }
</style> <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: Calibri;"></span></b><b style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: 11pt;">Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro, secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">Começa 2012 e as velhas manipulações da elite dominante estão de volta. O que nos interessa no Chão de Fábrica é mais renda para nossas famílias. Que todos temos consciência só virá de muita dedicação ao trampo, de muita fé na nossa economia e determinação para alcançarmos, conjuntamente, as metas estabelecidas.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">Temos, contudo, que enfrentar as nuvens de mau agouro de uma parte dos patrões que prefere chorar as pitangas e desanimar todo mundo, com a ladainha de sempre de que a economia não será tão boa em 2012, que os ganhos das empresas serão prejudicados, que só vai dar para arrancar das fábricas o lucro sagrado dos empresários e prejudicar a parte que cabe aos trabalhadores da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">Claro que não vamos cair nessa ladainha de patrões abestalhados. Nós sabemos que o otimismo e a vontade de trabalhar é que muda um País. E já provamos para o resto do mundo que nossa classe trabalhadora arranca leite de pedra e torna nossa economia cada vez mais competitiva.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">Como sabemos também que muitas empresas preferem associar suas marcas com a diversão irresponsável, para desviar a atenção dos cidadãos e trabalhadores brasileiros da excelente fase em nossa economia e do nosso cenário político. Afinal, temos eleições para vereadores e prefeitos e nos interessa discutir, no Chão de Fábrica e nas vilas, quem vai nos ajudar a melhorar a eficiência administrativa de nossas cidades.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">Mas com o tal do Big Brother Brasil uma parte da elite podre, que financia a invasão de nossos lares, que contamina nosso lazer com atos obscenos, tenta interferir no nosso foco. Felizmente, estamos preparados para resistir. E o faremos. A começar pelo boicote dos produtos anunciados no tal do BBB12. Afinal, a decisão de compra é sempre nossa. E somando tudo o que gastamos é grana para ser respeitada.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">E manteremos, como de hábito, nossa agenda mobilizadora a favor das vitórias em 2012 que terá nossa atenção em torno da redução dos juros para um dígito, conforme é intenção da presidente Dilma; do fim do assalto constante que as financeiras e operadoras de cartão de crédito fazem contra nossos bolsos e, claro, de um PLR melhor do que o do ano passado. Pois faremos nossa parte e temos certeza que convenceremos o governo federal, o Congresso Nacional e as empresas sérias e envolvidas com o futuro da nossa economia saberão repassar a parte que nos cabe.</span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-80604191902952315392012-01-12T05:14:00.001-08:002012-01-12T05:14:47.183-08:002012 no Chão de Fábrica<style>
@font-face {
font-family: "Calibri";
}@font-face {
font-family: "Cambria";
}p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal { margin: 0cm 0cm 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman"; }div.Section1 { page: Section1; }
</style> <br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><b><span lang="EN-US" style="color: #1a1a1a; font-size: 11pt;">Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro, secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</span></b></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="color: #1a1a1a; font-size: 11pt;">A gente sempre começa a semana ou o mês animado. Quando é ano novo então chegamos com energia total. Cheios de perdão para com as ranhetices da chefia, cheios de energia e principalmente com boa vontade para acertar nas partes que nos cabem para que a produtividade, o ambiente de produção, nossos ganhos e empregos se mantenham ao longo do ano.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="color: #1a1a1a; font-size: 11pt;">Nesta fase do ano, ainda janeiro e antes do Carnaval, repensamos os altos e principalmente os baixos do ano que encerramos. É hora de sentar com a família e tentar descobrir as dívidas que escaparam ao radar coletivo. Tentar segurar os ânimos de consumo e ver se podemos redistribuir a renda para evitar que um ou outro da família se enrole todo com o Serasa ou SPC.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="color: #1a1a1a; font-size: 11pt;">Fazemos, também, um balanço da saúde, dos projetos que juramos que colocaríamos em prática em 2012. Muita coisa depende da gente e estaremos, claro, empenhados. Por exemplo, estamos com a alma aberta para melhorar o ambiente no Chão de Fábrica. Mas, nem por isso, estamos dispostos a engolir sapos mais do que o necessário.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="color: #1a1a1a; font-size: 11pt;">Confiamos que as chefias e os RHs se empenhem para ampliar o diálogo, ouvir mais antes de condenar, de confiar nos seus colaboradores que como contrapartida entregam, de verdade, grande parte de suas vidas, de seus sonhos e esperanças para o local em que trabalham.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="color: #1a1a1a; font-size: 11pt;">Porque, com o tempo de convivência no Chão de Fábrica, descobrimos que nos empenhamos diariamente para objetivos que nos escapam ao dia a dia. Mesmo nos concentrando na qualidade final das peças produzidas, mesmo prestando atenção à quantidade produzida, nos escapam os objetivos finais da produção.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="color: #1a1a1a; font-size: 11pt;">Nem sempre conhecemos o produto final, muito menos o preço do que produzimos. E apesar de termos certeza que geramos riqueza, desconhecemos a parte do lucro que geramos. Mesmo assim, trabalhamos sempre animados e dispostos a contribuir muito além da nossa responsabilidade para manter a fábrica competitiva.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="color: #1a1a1a; font-size: 11pt;">Mas temos sempre a certeza, entra ano e sai ano, que a direção das empresas dependem de nosso empenho produtivo. Por isso, aproveitamos o início de ano para sugerir que se amplie o entendimento e o diálogo entre os gerentes da fábrica e nós, no Chão de Fábrica.</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="color: #1a1a1a; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 11pt;">Vamos, assim, construir a harmonia que desejamos uns aos outros no Natal passado. Para o bem dos nossos empregos, da nossa saúde ambiental no Chão de Fábrica e, principalmente, para acelerar ainda mais a geração de riquezas para nossas comunidades e nosso amado Brasil.</span><span style="font-family: Calibri; font-size: 11pt;"></span></div>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-393132905263513322011-12-23T05:48:00.000-08:002011-12-23T05:48:45.210-08:00Chão de Fábrica em festa<div class="MsoNormal" style="background-color: white; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><b><b><span style="color: #222222;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por </span><span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sivaldo</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> da Silva Pereira, o Espirro, secretario geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</span></span></b></b></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><b><b><span style="color: #222222;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></span></b></b></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-size: medium; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sim, estamos em festas mesmo mantendo a rotina, a </span><span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">produção</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> e a produtividade. Nós, trabalhadores do Chão de Fábrica, somos os elos emocionais com nossas vilas, clubes, condução, igrejas e a parentada toda. Por isso, nosso coração, nesta época do ano, pulsa ao som de Natal e de Ano Novo.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-size: medium; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A fábrica aqui e ali tem um espaço deixado vazio por um companheiro ou companheira que está de férias. Muitos voltam para suas terras de origem. Animados e cheios de histórias para levar, além dos presentinhos e lembranças para os parentes. E voltarão cheios de energias, de mais histórias e, principalmente, muito mais ligados nesse nosso querido Brasil. Porque somos também parte do tecido que garante que essa Nação brasileira pulse sempre com euforia, alegria e disposição de vencer crises e épocas ruins.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-size: medium; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É uma época que devemos também estar atentos às nossas famílias e aproveitar as festas mas sem exagero. Porque basta um descuido ao volante, uma dose a mais de álcool, uma bravata qualquer no fim de uma festa para azedar o ano e até mesmo a vida.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-size: medium; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por isso, nestas épocas do ano temos que apostar na alegria mas sem perder a </span><span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">atenção</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> para com nossos filhos, amigos e parentes. Cuidar uns dos outros para que sobrevivamos a 2011 e consigamos, em 2012, estar prontos e preparados para as grandes batalhas que teremos à frente.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-size: medium; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Porque é essa a nossa vida de trabalhadores e gladiadores modernos. Somos linha de frente da geração de riquezas e se conseguimos ficar eufóricos com o que nos sobra de tanta riqueza que geramos, é porque somos brasileiros e além de não desistir nunca, temos a alegria em nosso DNA.</span></div>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-68831590192623460392011-12-12T11:38:00.000-08:002011-12-12T11:43:23.684-08:00Responsabilidade financeira<style>
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</style> <br />
<style>
@font-face {
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}@font-face {
font-family: "Cambria";
}p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal { margin: 0cm 0cm 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman"; }div.Section1 { page: Section1; }
</style> <div class="MsoNormal" style="background: none repeat scroll 0% 0% white; text-align: justify;"><b><span style="color: #222222; font-family: Calibri;"></span></b><b style="background-color: #cccccc; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="color: #222222; font-size: 11pt;">Por Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro, secretario geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</span></b></div><div class="MsoNormal" style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(204, 204, 204); font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(204, 204, 204); font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="color: #222222; font-size: 11pt;">A euforia já tomou conta do Chão de Fábrica. Estamos com a sensação gostosa de uma conta gorda, enquanto cumprimos nossas tarefas de um mês, que com certeza, será muito menor que o salário. Além do reajuste e do abono, teremos PLR e 13<sup>o</sup> e muitos terão adiantamento das férias e férias.</span><span style="font-size: 11pt;"></span></div><div class="MsoNormal" style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(204, 204, 204); font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="color: #222222; font-size: 11pt;">Já acertamos os pequenos empréstimos uns com os outros. Já planejamos as prestações, os gastos com a ceia de Natal. Estamos na cômoda situação de contas equilibradas. Por isso, a tentação é muito grande nesse período. Olhamos com olhos de cobiça para aquele carrinho que nem sequer notávamos antes. A TV de LCD volta a brilhar e a nos chamar quando entramos nas lojas ou nos supermercados. O tênis caro dos nossos filhos também nos chama a atenção.</span><span style="font-size: 11pt;"></span></div><div class="MsoNormal" style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(204, 204, 204); font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="color: #222222; font-size: 11pt;">Mas é hora também de responsabilidade financeira. Consumir, sim, afinal o mercado interno depende de nossa atuação como consumidores, brasileiros, trabalhadores e patriotas. Mas também temos a responsabilidade de gastar bem um dinheiro que é fruto de nosso trabalho duro, ao longo do ano todo.</span><span style="font-size: 11pt;"></span></div><div class="MsoNormal" style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(204, 204, 204); font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="color: #222222; font-size: 11pt;">Ter a disciplina de pesquisar e comparar preços, de não nos deixarmos levar pelo impulso e, principalmente, controlarmos nossa vaidade no momento da compra. Será que precisamos mesmo de um novo aparelho de LCD ou só estamos comprando porque nosso vizinho também comprou? Será que precisamos mesmo de um celular extra ou só compramos porque todo mundo tem agora dois celulares e não queremos ficar para trás.</span><span style="font-size: 11pt;"></span></div><div class="MsoNormal" style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(204, 204, 204); font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="color: #222222; font-size: 11pt;">Se a gente aprender a controlar os impulsos vai sobrar, com certeza, uma reserva que poderemos manter ao longo do ano. Reserva que poderemos investir e reinvestir para ter sempre uma proteção extra para nós e nossa família. Proteção cada vez mais necessária nestes momentos de crise mundial que não sabemos, ainda, se vai ou não afetas nossos empregos e salários.</span><span style="font-size: 11pt;"></span></div><div class="MsoNormal" style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(204, 204, 204); font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="color: #222222; font-size: 11pt;">Isso se chama responsabilidade financeira. Essencial para que aos poucos, mesmo como assalariados, possamos construir nossa independência financeira. Em vez de sermos consumistas irresponsáveis, que compra sem pesquisa, apoiados na vaidade pessoal em vez da responsabilidade para com nossa família e nosso futuro.</span><span style="font-size: 11pt;"></span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #cccccc; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-13892440535563707242011-12-02T09:54:00.001-08:002011-12-02T09:55:55.527-08:00Dezembro no Chão de Fábrica<strong><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro, secretario geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</span></strong><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Todo mês de dezembro vivemos quase que em estado de graça no Chão de Fábrica. A campanha salarial chega a um resultado que realimenta nossas energias e disposição de lutar por mais ganhos, mais PLR, mais investimentos na nossa qualidade de vida.<br />
E quando pensamos na vida focamos nos filhos, filhas, nos cônjuges parceiros de uma vida toda. E pensamos, mesmo ali no batente, suados, tensos e atentos à rotina pesada da fábrica, pensamos nos presentinhos que daremos para cada uma das pessoas amadas.<br />
Vamos arrumar tempo para buscar aquele tênis para as crianças. Vamos reavaliar as contas e ver se encaixa uma jóia ou quem sabe até mesmo uma viagem de avião para a terrinha dos nossos pais ou sogros.<br />
Porque agora, nestes tempos festivos de Natal e Ano Novo, o que a gente quer mesmo é ser feliz sem muita preocupação.<br />
Mesmo tendo consciência que é temporária essa alegria porque reforçada pela nossa religiosidade e espírito de família combinados e porque também é dezembro e tem décimo terceiro e antecipação salarial. Por tudo isso, o Chão de Fábrica brilha que nem árvore de Natal.<br />
E junto com nossos camaradas nos sentimos, de verdade, os verdadeiros donos deste nosso imenso Brasil. Que sabe reconhecer nosso esforço e que nos retribui com o carinho de outros brasileiros e brasileiras, ao transformar cada contato na fábrica, no ônibus, no supermercado num hino à nossa Pátria.<br />
É gostoso demais ser brasileiro em dezembro. Curtir por antecipação as festas e até mesmo as brigas em família. E contar nos dedos quantos dias faltam para os feriados que descansaremos junto com as pessoas que amamos.<br />
É bom demais saber que vamos começar um novo ano em que a esperança vai se transformar em projeto. E o projeto em novas realidades palpáveis, através da matrícula numa faculdade, da formatura de um filho, da felicidade contida de uma mãe.<br />
É assim que cada um de nós no Chão de Fábrica, gente simples, que acumula em cada gesto a sabedoria de várias gerações, renova nossas energias para continuar a construir o Brasil, entra dezembro e sai dezembro. Sempre animados e alegres. Porque somos brasileiros e temos uma fé imensa em nós mesmos e em nosso País.</span>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-22649013394230282292011-11-21T08:38:00.000-08:002011-11-21T08:38:40.200-08:00Racismo no Chão de Fábrica<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro, secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</span></b><br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Diminuiu muito o preconceito racial no Chão de Fábrica. Mas, infelizmente, ainda existe. Por isso, neste 20 de Novembro, data em que se comemora a Consciência Negra voltamos nosso olhar para nossos companheiros e companheiras negros.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ser negro é ser condenado a uma carreira mais lenta, com menos promoções e a ser mantido por mais tempo que os companheiros de outras raças em serviços mais penosos.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E se você perguntar para as chefias e para o RH todos negarão que o motivo que se aloca, preferencialmente, negros para serviços mais pesados, com salários menores e em posições com menores chances de promoção é acidental.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas basta dar uma olhada geral no Chão de Fábrica e ainda vamos perceber núcleos de trabalhadores negros e negras honrosamente cumprindo suas funções diferenciadas, exatamente por serem negros. E mesmo assim, mantêm a solidariedade e a alegria de trabalhar ao lado de colegas que têm melhores chances apenas por não serem negros ou pardos ou mulatos.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É uma situação que vai muito além do famoso discurso de democracia racial brasileira. Pois enquanto tivermos o preconceito racial contra os negros disfarçados em tapinhas nas costas mas confirmados com funções secundárias e degradantes, com restrições na evolução da carreira profissional, temos muito a debater e a denunciar o nefasto preconceito racial.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Porque o preconceito institucionalizado nos ambientes de trabalho, além de ser social e humanamente condenável, prejudica a qualidade de vida dos negros brasileiros, desde os locais de moradia, nas oportunidades educacionais e até mesmo no Chão de Fábrica, onde a lógica da própria produção exige igualdade e tratamento mais justos.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></b></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-5712863220147150342011-11-10T14:08:00.000-08:002011-11-10T14:09:49.819-08:00Os trancos do Chão de Fábrica<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><b>Elenísio Almeida Silva, o Leo, diretor do Departamento de Saúde do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</b></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Enfrentamos, todos os dias, uma parada dura no Chão de Fábrica. E muitas vezes as doenças profissionais se instalam. E, nestes momentos, é hora de tomarmos todos os cuidados para nossa plena recuperação.</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">O jogo é pesado e não podemos (nem devemos) trabalhar contundidos. Prejudica nossa saúde mais ainda e coloca em risco também a saúde de nossos companheiros e companheiras, pois podem precisar de nossa ajuda, com urgência, e não podemos falhar.</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Mas na hora que o peão adoece a tendência é achar que se trata de uma doença desvinculada do trabalho. É estranho mas temos esse estranho hábito de assumir todas as culpas do mundo.</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Se for uma doença contraída sem ter nenhuma relação com as atividades que exercemos, o INSS a classifica auxílio doença que tem o código Espécie 31. E nos casos mais graves, um afastamento de 15 dias ajuda na recuperação. Se for necessário, podemos ficar afastados durante 60 dias e temos a garantia, em nossa Convenção, de estabilidade de 60 dias.</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Mas se for uma doença ocupacional, o INSS classifica como Espécie 91, e em vez do auxílio doença, receberemos o auxílio acidente. Com a grande diferença de além do afastamento necessário termos garantido em Convenção a estabilidade de 21 meses, sempre renováveis enquanto não estivermos plenamente recuperados.</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Claro que não temos a obrigação de saber em que tipo de situação nos enquadramos. Por isso, se você se acidenta no Chão de Fábrica ou está com uma doença que seus médicos consideram grave, em vez de tentar resolver por conta própria, procure o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá.</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Temos um Departamento de Saúde que poderá orientá-lo a proteger sua saúde e seus direitos. Porque em casos de doença, seja ocupacional ou não, muitas vezes a informação é o melhor remédio.</div>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-90133308096017850472011-11-09T07:14:00.000-08:002011-11-09T07:16:09.920-08:00Do Mobral à Universidade Federal do ABC<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sivaldo da Silva Pereira, secretário do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</span></b><br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nas décadas de 70 e 80, os trabalhadores que chegavam do resto do Brasil todo em busca de uma oportunidade, um empreguinho e a construção de seus sonhos de vida tinham como ponto de apoio o Mobral,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que depois virava Madureza do ginásio e do colegial.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os trabalhadores mais empenhados completavam sua formação no Senai ou num curso técnico. E os mais determinados ainda, pois não tinham apoio de espécie alguma, conseguiam chegar a um curso universitário.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com a determinação e formação conseguidas com o próprio esforço nos tornamos uma classe trabalhadora de vanguarda. Mudamos, com nossa participação no Chão de Fábrica e com nossas vivências comunitárias e políticas a realidade do Grande ABC e do Brasil.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não foi à-toa que daqui surgiu um presidente da República que pela primeira vez “na história deste País”, como sempre foi o discurso de Lula, adotamos políticas públicas que tiveram um impacto determinante em nossas vidas sociais e econômicas.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E uma das grandes mudanças, que confirmamos com o apoio de Lula, foi a criação da Universidade Federal do ABC. Um avanço e tanto que precisa ser confirmado por parcerias cada vez mais inadiáveis entre as administrações públicas municipais e as organizações sociais a favor da nova etapa que o Grande ABC está destinado neste Século 21.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Porque para nos inserirmos de fato no ambiente que a Universidade Federal do ABC é preciso que mais do que ingressar na universidade, que tenhamos também a oportunidade real de os conteúdos da universidade fazer parte de nossas vidas.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sabemos pelos contatos que temos com o professor doutor Jorge Tomioka, um amigo nosso, que há sim a vontade e a disposição do corpo docente da universidade de se integrar com nossa cidadania.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas através de quais mecanismos sociais? Através de que instituições? Em que ambientes? Nas fábricas, nos sindicatos, nas igrejas ou nas vilas?</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A hora é agora de se criar os canais para que enquanto trabalhadores e suas entidades, assim como organizações sociais (ONGs, associações de moradores, partidos políticos etc) possamos acelerar o aproveitamento das oportunidades que emergem no Século 21.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E diferentemente dos tempos do Mobral, para aproveitarmos os conteúdos exaustivamente produzidos pela Universidade Federal do Grande ABC temos que criar os canais sociais de interação e vinculação do saber produzido com nossas expectativas e realidades sociais.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No Chão de Fábrica olhamos para o mundo ao nosso redor, no Brasil e no Exterior, e percebemos que muito mais que o saber digital, nestes tempos de internet banda larga, celulares de última geração e sites de pesquisa que é preciso acumular conteúdos e reflexões que resolvam, a curto e médio prazos, nossos problemas na fábrica, nas vilas, na nossa capacidade confirmar soluções que melhorem nossa qualidade de vida.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Conteúdos que só podem se ajustar aos nossos sonhos e à nossa realidade a partir do envolvimento pró-ativo de nossa parte em torno da Universidade Federal do ABC.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></b></span>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-42610145833015575742011-10-26T09:09:00.000-07:002011-11-09T07:15:27.406-08:00Família do Chão de Fábrica<style>
@font-face {
font-family: "Calibri";
}@font-face {
font-family: "Cambria";
}p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal { margin: 0cm 0cm 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman"; }div.Section1 { page: Section1; }
</style><br />
<style>
@font-face {
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</style><br />
<style>
@font-face {
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</style><br />
<div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro, Secretário Geral do </span>Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</span></b><br />
<b><br />
</b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao longo dos anos nós trazemos, aos poucos, os filhos de nossos amigos, nossos parentes mais próximos e até mesmo os cunhados para a convivência no Chão de Fábrica.</span><br />
<div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nós carregamos a fábrica, suas histórias e nossas aventuras para casa. Junto com o suado pão nosso de cada dia sempre temos histórias de superação para relatar, desafios que as chefias nos propõem, novas tecnologias que chegam e máquinas que se tornam verdadeiros quebra cabeças a serem resolvidos sem interromper a produção.</span><b><br />
</b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essas aventuras operárias são relatadas nos campos de futebol, nas festas de aniversário, nas rodas de cerveja e até mesmo nas igrejas que frequentamos. É natural, portanto, que nossos jovens, filhos e afilhados, cresçam sob a influência do Chão de Fábrica e ansiosos em se juntarem à nossa batalha diária pela sobrevivência.</span><b><br />
</b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É um hábito que faz parte da história operária, desde quando as fábricas começaram a existir na Inglaterra. As famílias operárias são as principais fornecedoras de mão de obra e conseguimos, com isso, manter a harmonia e a cooperação dentro e fora das fábricas.</span><b><br />
</b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Do ponto de vista cultural é excelente termos lideranças do Chão de Fábrica que também são respeitados nas suas vilas. Quando acontece um casamento ou um nascimento, todos nós somos mobilizados. Para os casamentos surgem os padrinhos e as listas de presentes. Quando nasce uma criança a disputa é grande para ver quem será o padrinho ou madrinha.</span><b><br />
</b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A realidade do Chão de Fábrica é dura, o ganho é pouco, mas o espírito de camaradagem é imenso. Construímos e solidificamos nossa solidariedade todos os dias. E se somos uma família ampliada é porque o próprio sistema produtivo em que vivemos nos junta nos mesmos bairros, nas mesmas fábricas, nas mesmas conduções.</span><b><br />
</b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Do limão do ajuntamento fazemos, então, a limonada da família ampliada do Chão de Fábrica. Com muita troca de ideias, apoio mútuo e disposição para ajudar sempre uns aos outros. Ajuda que se materializa, por exemplo, quando nos juntamos para encher uma laje. Mais de 40 companheiros aparecem e em três ou quatro horas a laje está pronta. Só com a energia da amizade temperada no Chão de Fábrica. É assim que consertamos os carros uns dos outros. Ou fazemos o acabamento de nossas residências.</span><b><br />
</b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma história famosa é o fato de João Avamileno, nosso ex-prefeito, ter sido o eletricista que fez a fiação da casa do nosso companheiro José Cicote. O Chão de Fábrica consolida para toda uma vida nossas alianças</span>.<b></b></div></div>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-78006994550483299072011-10-21T08:08:00.000-07:002011-10-21T08:08:18.591-07:00As emoções do Chão de Fábrica<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixwael1LO6aapgX9XityWndDQcsoZnDaZHgOSfedKD_MeBaHS01Tfj9mCmcItWkaspey1Bx1OAaV364_AZxK70eHkn4RxT93ixFXMX5mJwJcUKntWkPHbKlMHcB8ZXTXDFRMw4J0qIVkI/s1600/foto_aldo_trw.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" rda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixwael1LO6aapgX9XityWndDQcsoZnDaZHgOSfedKD_MeBaHS01Tfj9mCmcItWkaspey1Bx1OAaV364_AZxK70eHkn4RxT93ixFXMX5mJwJcUKntWkPHbKlMHcB8ZXTXDFRMw4J0qIVkI/s1600/foto_aldo_trw.jpg" /></a><br />
<strong>Por Aldo Meira Santos, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</strong><br />
<strong><br />
</strong>Quando a gente vê imagens de operários no Chão de Fábrica usando protetores de ouvido é porque realmente eles precisam destes equipamentos. Raras fábricas são silenciosas. As máquinas, a energia ambiente, o corre-corre tudo contribui para um ruído muitas vezes assustador. E a proteção dos ouvidos é essencial para a se manter a boa saúde.<br />
Mas mesmo com a barulheira geral, muitos estão ali com os ouvidos sensíveis às músicas que ouviram na noite anterior, no ipod ou no radinho de pilha, ou hoje mesmo no caminho entre suas casas e o trabalho.<br />
Outros se inspiram para os compromissos que terão como pagodeiros, como músicos e cantores de suas igrejas, e todos, artistas ou não, são as plateias fiéis e atentas ao que rola pelo universo da músicas popular ou religiosa.<br />
Porque no Chão de Fábrica somos muito mais do que operários que apertam botões. Somos cada vez mais homens e mulheres completos, atentos à poesia de uma canção e preparados, muitas vezes por conta própria, para criarmos nós mesmos nossas próprias músicas e ritmos.<br />
E quando terminamos nossos expedientes arrumamos energia para nos reunir com amigos e vizinhos, para curtir juntos em casa ou na igreja, nossa arte de cada dia.<br />
E não pensem que vivemos só de músicas. Tem companheiros e companheiras que participam de teatros e de corais. Que se envolvem com ONGs para estimular o aprendizado musical em suas comunidades. E que arriscam alguns versos, dos bons, para as plateias sempre atentas nos ônibus que nos conduzem ao trampo.<br />
Essa dinâmica cultural no Chão de Fábrica nos humaniza. E se as adotamos com as próprias energias (apesar da falta de tempo) é porque não temos acesso a ambientes culturais nos nossos bairros.<br />
Faltam teatros, cinemas, clubes dedicados às artes e, principalmente, que gerem espaços para nossos artistas operários. Somos obrigados a engolir o que a TV tenta nos impor, geralmente de qualidade duvidosa.<br />
Por isso, sempre estamos atentos aos nossos artistas do Chão de Fábrica. Porque eles (e elas) refletem nossas angústias e esperanças, nos emocionam com tiradas ora alegres ora tristes, e falam diretamente às nossas almas. Ali, bem pertinho, ao vivo, amenizando nossa vida dura com poesia, canções e músicas emocionantes.Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-16286286937263159562011-10-05T13:48:00.001-07:002011-10-05T13:49:18.191-07:00O jogo salarial no Chão de Fábrica<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro, secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nas campanhas salariais o humor, o cheiro, as piadas, o comportamento na hora do almoço ou da janta, tudo muda e ganha uma tensão típica de trabalhadores ansiosos com os desdobramentos dos acordos que sabem que estão sendo continuamente amadurecidos em alguma sala bem iluminada, com cadeiras confortáveis, nas quais se sentam os representantes do Sindicato e do setor patronal.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com a mesma eficiência da Rádio Peão que retransmite as etapas das negociações que o Sindicato encaminha, a Rádio Chefia também tem experiência em espalhar seus rumores.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A gente sabe que a notícia vem da Rádio Chefia porque as informações são sempre negativas e com ameaças embutidas. “Dependendo do aumento negociado vai ter cortes” é uma das ameaças mais comuns. Resultado: a tensão salarial só aumenta. Mas o jogo de informação e contra-informação se mantém.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Independente do chororô dos chefes e gerentes, a peãozada se mantém atenta aos indicadores que nos mostram que a economia vai bem. Um deles é o nervosismo produtivo da chefia. Numa economia aquecida os chefes estão sempre agitados, ansiosos por cumprir metas, preocupados com a qualidade final e com os prazos para fechamento do lote de pedido.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É aí que a peãozada percebe que por mais que se esforce a Rádio Chefia na divulgação de boatos negativos que o que vale mesmo é o que nos chega da Rádio Peão. Pois, através dos diretores do Sindicato, do que lemos nos jornais ou na internet, e combinado com o nervosismo da chefia, a gente vê que a fábrica e o setor econômico que ela está inserida vai muito bem obrigado.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Percebemos, também, que há clima para apoiar as decisões do Sindicato no caso de uma proposta de greve. A gente sente na chefia o medo de um atraso, de uma paralisação de uma hora sequer. Imagina uma greve de um ou dois dias, de duas ou três semanas?</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E o jogo salarial continua. Apesar de tensos, mantemos as indiretas e nossa disposição de defender a parte que nos cabe nestes imensos lotes de peças produzidas. E, sempre que podemos, deixamos claro para as chefias que também vão se beneficiar com os aumentos que nós, a peãozada, vamos conquistar através das negociações sindicais.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E neste baile salarial com piadas e indiretas, com ameaças de demissões das chefias e alertas de greve dos trabalhadores, criamos o caldo que será a referência dos representantes do Sindicato e dos Patrões. Até que se concluam as negociações, os acordos sejam assinados e surja uma nova Convenção Coletiva.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Que os trabalhadores querem sempre com o repasse da inflação mais aumento real e os patrões vão tentar sempre puxar a sardinha do lucro apenas para os seus bolsos.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></b></span></div>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-35565556901683564612011-10-03T09:56:00.000-07:002011-10-03T09:56:04.575-07:00Fabricar lazer no Chão de Fábrica<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0wI4OrDLh4sfyYF7PljcMg4VLORSt5Qokv6Zeu7rVaWLhbCqkPdXnaniP1vXEa_stWeQGTKQvv5w9irId30BpRVGhAaOacYW7nlbOKNS2gh6YskWey2y8AgPr8jivL3sfpg4XSgkPk_o/s1600/11-+JOSE+ROBERTO+VICARIA+-+JACAR%25C3%2589+-DIRETOR+EXECUTIVO.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0wI4OrDLh4sfyYF7PljcMg4VLORSt5Qokv6Zeu7rVaWLhbCqkPdXnaniP1vXEa_stWeQGTKQvv5w9irId30BpRVGhAaOacYW7nlbOKNS2gh6YskWey2y8AgPr8jivL3sfpg4XSgkPk_o/s320/11-+JOSE+ROBERTO+VICARIA+-+JACAR%25C3%2589+-DIRETOR+EXECUTIVO.JPG" width="320" /></a><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Fabricar lazer no Chão de Fábrica</span></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;"><br />
por José Roberto Vicaria, o Jacaré</span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Calibri;"><br />
Aqui no Chão de Fábrica estamos todos juntados. Juntados pelos patrões e vigiados pelas chefias. Com metas, horários, disciplina. E claro, não sobra espaço para a alegria. Pois, por mais que queiramos, o ambiente fabril elimina a descontração porque não nos permite, infelizmente, sermos nós mesmos, com nossa participação em projetos de nosso interesse e dos nossos amigos e familiares.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Calibri;">Mas...</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Calibri;">Mas tem sempre uma sexta-feira e no outro dia teremos sempre um sábado, um domingo ou um feriado. E cada vez mais é necessário que a gente inclua o lazer na nossa convivência do Chão de Fábrica.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Calibri;">Como?</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Calibri;">Muito simples. Vamos aproveitar o contato na fábrica e planejar nossos eventos esportivos, nossa pescaria e nosso churrasco. Temos espaços de sobra na nossa Colônia de Férias e nas sedes de nosso Sindicato, seja em Mauá ou Santo André.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Calibri;">Basta um pouco de organização de nossa agenda e a decisão de não nos submeter mais aos programas de televisão que são feitos sob medida para nos anestesiar e nos fazer voltar sem nenhuma visão crítica para o trabalho, logo depois das folgas.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Calibri;">Porque o lazer junto com a companheirada é também o momento de a gente ser nós mesmos. Nestes momentos que podemos em vez de ser juntados, estarmos verdadeiramente unidos. Prontos para dialogar com nossos camaradas. Ouvir seus projetos. E apresentar nossas ideias.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Calibri;">É essa união que amedronta os patrões e os governos. Por isso, não existem investimentos governamentais para se investir no lazer. E só nos resta acompanhar o futebol pela televisão ou sermos obrigados a gastar uma grana alta para nos deslocarmos até os campos de futebol.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Calibri;">Mas nós mesmos, a partir do nosso ajuntamento na fábrica, podemos criar condições para nos unir em torno dos eventos de lazer, de reflexão e de convivência nos nossos bairros e vilas.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Calibri;">Unidos, claro, seremos cada vez mais fortes. E traremos essa força que acumularemos ao nos encontrar permanentemente uns com os outros do lado de fora da fábrica para dentro. E melhoraremos nossa atuação ao reforçar as iniciativas do Sindicato a favor de ambientes fabris com mais respeito às nossas vontades.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Calibri;">Senão corremos o risco de nos transformarmos em robôs. E é isso o que os patrões querem. Ou seja, trabalhadores disciplinados, que trabalhem à exaustão, sem alegria, sem vida.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Calibri;">Vamos, portanto, fabricar lazer no Chão de Fábrica. Se movimente, crie sua agenda junto com seus companheiros e companheiras, e se liberte da escravidão dos programas de televisão. Arraste sua família, sua mulher, seus filhos e vizinhos para nossos eventos.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></b></span></div>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-53840377300365379412011-09-21T11:22:00.000-07:002011-09-21T11:25:18.382-07:00O jovem e a memória do Chão de Fábrica<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPoqiyL79LLkXdwjqgGQS91HuxZzHA_397rpi8gt9c7eWVOnNtlUXlVANiRs5n2zbA633Mjis18ooLNf5-AdHr8UzeSBTS338t6Tl6wlGtWgL9BCo71X5BSA3_ty8NG1LFjvpN2GH4OaQ/s1600/10-GEOVANE+CORREA+DE+SOUZA-DIRETOR+EXECUTIVO.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" hca="true" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPoqiyL79LLkXdwjqgGQS91HuxZzHA_397rpi8gt9c7eWVOnNtlUXlVANiRs5n2zbA633Mjis18ooLNf5-AdHr8UzeSBTS338t6Tl6wlGtWgL9BCo71X5BSA3_ty8NG1LFjvpN2GH4OaQ/s320/10-GEOVANE+CORREA+DE+SOUZA-DIRETOR+EXECUTIVO.JPG" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><strong>Postado por</strong> <strong>Geovane Correa de Souza, diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</strong></span><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;">É grande a presença de jovens no Chão de Fábrica. Continuam a chegar das mais diferentes regiões do Brasil, como seus pais e avós. Trazem muito mais leitura, alguns diplomas técnicos e, muitas vezes, são vítimas preferenciais da falta de memória ambiente. Muitos são filhos de pais e mães que aposentaram aqui mesmo.<br />
Não interessa para os empresários e seus gerentes resgatar para este pessoal que cada situação favorável, a exemplo do décimo terceiro salário, transporte de casa até o portão da fábrica, assistência médica, PLR, um terço de férias e, licença maternidade de quatro meses, entre outras conquistas, foram realizadas com muito esforço dos companheiros e companheiras, que tinham mais ou menos a mesma idade que os jovens que chegam hoje ao Chão de Fábrica.<br />
Nós, hoje com mais de 40 anos, lutamos por tais conquistas porque de tabela tínhamos uma agenda mais ampla que era derrubar a ditadura militar, controlar a inflação e garantir a liberdade sindical.<br />
Por isso, é cada vez mais importante que nossos jovens do Chão de Fábrica incluam nas suas preocupações as grandes agendas nacionais, de interesse da classe trabalhadora brasileira. Porque a gente quer muito mais do que comida, transporte adequado e décimo terceiro salário.<br />
A gente tem na pauta as 40 horas semanais, sem redução de salário, o Fim do Fator Previdenciário e a assinatura, pelo governo brasileiro, da Convenção 158, para acabar com a sangria desatada que a rotatividade faz com nossa massa salarial. Os patrões se sentem muito à vontade para demitir em massa e impor salários menores aos que são recém-chegados.<br />
É claro que são agendas com menor apelo emocional. Lutar pelas 40 horas semanais não é a mesma coisa que ir para as ruas protestar contra a ditadura militar, com os riscos que seus pais e tios, mães e tias, enfrentaram de serem presos ou até mesmo mortos.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Mas estamos em novo estágio. Agora, com a liberdade sindical assegurada e com o acesso que temos à tecnologia, aos e-mails e telefones celulares podemos nos mobilizar com muito mais facilidade a favor de conquistas que serão essenciais para o futuro de nossas crianças.<br />
E não estaríamos fazendo nada demais. Estaríamos, apenas, mantendo a roda da História em funcionamento, assim como fizeram nossos pais e avós.<br />
Por isso, da próxima vez que você se sentir confortavelmente instalado no ônibus que te traz para o emprego ou enviar seu filho para o médico do convênio ou planejar os gastos do seu PLR ou 13° salário, lembre-se que foram conquistas árduas.<br />
Agradeça, mesmo que mentalmente, os trabalhadores e trabalhadoras que ocuparam este mesmo Chão de Fábrica antes de você. Cada conquista que você desfruta hoje foi arrancada dos patrões e dos governos. E para mantê-las e ampliá-las precisamos estar dispostos a continuar a luta. A favor do seu bem-estar e para garantir direitos que serão repassados para seus filhos e filhas.</span></div>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-30092563530198019372011-09-05T14:59:00.000-07:002011-09-05T14:59:13.250-07:00Pião e peão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheIcl3z_Sz9cyoEgH7H09lriJis64hq0ui_s4yNfL4smqL9UgsnU6T7j7YpEZiikFE3i3GXEV31IXAlIYylwcOuANs3zH0FoR0ZgIvEeT3b5EnlLchZn5mhYgIGdqz-h9eINxsLJxMcBA/s1600/piao" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheIcl3z_Sz9cyoEgH7H09lriJis64hq0ui_s4yNfL4smqL9UgsnU6T7j7YpEZiikFE3i3GXEV31IXAlIYylwcOuANs3zH0FoR0ZgIvEeT3b5EnlLchZn5mhYgIGdqz-h9eINxsLJxMcBA/s200/piao" width="149" /></a></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span><b>Sivaldo</b></span><b> da Silva Pereira, o Espirro, secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</b></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><b><br />
</b></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Todo mundo ainda se lembra da diferença entre “pião” e “peão”, não é mesmo? “Pião” é aquele brinquedo que a gente envolve em barbante e depois lança no chão e o acompanha girando em torno dele mesmo, até perder o embalo e cair de lado. E “peão” é o trabalhador do campo, que geralmente é hábil pra caramba em domesticar os animais, mas que é orientado em apenas obedecer ordens.</div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Pois bem, ainda hoje em dia nas nossas comunidades e muitas vezes no Chão de Fábrica encontramos esses dois tipos de comportamento. Temos lá o “pião” que só sabe<span> </span>girar em torno dele mesmo, com suas certezas e convicções. É “um sabe tudo” a respeito da política (que geralmente discorda), do sindicato, da necessidade de mobilizar na comunidade. “Não adianta se sindicalizar ou se mobilizar”, nos informa o pião. Acostumado que está a rodar em volta do próprio umbigo.</div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Temos também o “peão”, aquele homem ou mulher cheio de energia mas que só sabe obedecer ordens, como se ainda estivesse na rotina lá no campo. É incapaz de trocar uma ideia mais demorada com os colegas de trabalho ou os vizinhos de vila e participar das ações coletivas. Este tipo de trabalhador prefere obedecer apenas as chefias e nunca está disposto a se integrar aos grupos que se formam no Chão de Fábrica ou ir para o Sindicato participar das assembleias.</div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Tanto o “pião” que roda em torno <span> </span>do umbigo quanto o “peão” que só sabe obedecer ordens da chefia precisam adotar uma outra sabedoria que desenvolvemos no Chão de Fábrica que é a famosa “Rádio Peão”.</div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Através da “Rádio Peão” estabelecemos no Chão de Fábrica uma comunicação rápida, direta e que funciona. Mas que exige de cada um de nós acreditar de verdade na participação coletiva. Assim que somos acionados pela “Rádio Peão”, que nos traz a necessidade de discutir o novo vale refeição, o convênio médico ou ir para uma <span>assembléia</span> no Sindicato, todos nós que não somos nem “pião” nem “peão”, nos transformamos em “<span>peãozada</span>” e mobilizados, vamos defender nossos interesses.</div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">É <span>super</span> fácil abandonar o egoísmo do “pião”, que só gira em torno dele mesmo <span> </span>e deixar de ser “peão”, que só obedece ordens da chefia. Basta a gente acreditar em nós mesmos, confiar cada vez mais nas ações coletivas e reforçar as atitudes cidadãs de nossas entidades, sejam elas as comunidades nos bairros ou nosso Sindicato.</div>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-12069843582484710622011-08-29T14:13:00.000-07:002011-08-29T14:23:26.162-07:00Os grilhões dos impostos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPeHUZF6saD3-NZN3wy245EFBsKVq-yyq7vyM8E9FVV8_CY4G9YJzpU4Nl5UJqrJUrJHTcw3Ks6ksyiKZNxtV80a4kf7P1GfkaU_JLMbrYkqxzRjbPhYVfy7M8PlaGUfoFKPvSjcNxRJ8/s1600/GRILHOES+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPeHUZF6saD3-NZN3wy245EFBsKVq-yyq7vyM8E9FVV8_CY4G9YJzpU4Nl5UJqrJUrJHTcw3Ks6ksyiKZNxtV80a4kf7P1GfkaU_JLMbrYkqxzRjbPhYVfy7M8PlaGUfoFKPvSjcNxRJ8/s1600/GRILHOES+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPeHUZF6saD3-NZN3wy245EFBsKVq-yyq7vyM8E9FVV8_CY4G9YJzpU4Nl5UJqrJUrJHTcw3Ks6ksyiKZNxtV80a4kf7P1GfkaU_JLMbrYkqxzRjbPhYVfy7M8PlaGUfoFKPvSjcNxRJ8/s1600/GRILHOES+2.jpg" /></a><span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: none; color: black; font-family: Cambria; font-size: 16px;"></span></div><div style="text-align: right;"><b> por Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro, secretário geral do </b></div><div style="text-align: right;"><b>Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</b></div><br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">No Chão de Fábrica não tem moleza. A gente pega no pesado pra valer. Qualquer descuido pode ser fatal. Mas, ao mesmo tempo, sentimos pulsar em nossos músculos a sequência geradora de riquezas.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Uma peça de metal inerte, fria e sem vida, passa por nossas mãos e pelas máquinas que operamos e sai brilhando valendo muito mais. Com uma nova serventia. Pronta para ser acoplada a outra peça e formar uma nova mercadoria que será útil para alguém.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Essa alegria de gerar riqueza, contudo, dura pouco. Mesmo sem ter muito conhecimento de economia e de manipulação das chefias e dos patrões, a gente sente na pele que gera muito mais valor do que o salário que recebe no final do mês.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">E quando saímos da fábrica e voltamos para nossas vilas e nossas casas, uma aliança perversa se estabelece entre a produção que nos submete e o sistema tributário brasileiro.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Segundo levantamento feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), os 10% mais ricos concentram 75% da riqueza do país. Para agravar ainda mais o quadro da desigualdade brasileira, nós pobres e trabalhadores, pagamos mais impostos que os ricos: os 10% mais pobres do país comprometem 33% de seus rendimentos em impostos, enquanto que os 10% mais ricos pagam 23% em impostos.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">E, apesar dos esforços da presidente Dilma para tentar debelar a miséria e a desigualdade, o fosso entre ricos e pobres só tende a se aprofundar com esta aliança entre as elites econômicas e a máquina arrecadadora do Estado.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Descobrimos, com os anos, que melhorar a renda é muito mais do que aumento real de salários. É preciso pagar menos impostos. Sejam eles municipais, estaduais ou federais.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas trata-se de um privilégio que beneficia apenas os ricaços. Os números do Ipea mostram que os impostos indiretos (aqueles embutidos nos preços de produtos e serviços) são os principais indutores dessa desigualdade.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os pobres pagam, proporcionalmente, três vezes mais ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que os ricos. Enquanto os ricos desembolsam em média 5,7% em ICMS, os pobres pagam 16% no mesmo imposto.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Já o IPTU (Imposto sobre Propriedade Territorial e Urbana) privilegia os ricos. Entre os 10% mais pobres, a alíquota média é de 1,8%; já para os 10% mais ricos, a alíquota é de 1,4%. Ou seja, as mansões pagam menos impostos que as favelas, que são mantidas sem os serviços públicos como água, esgoto e coleta de lixo.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">O que fazer?</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Desistir, jamais. Vamos conversar mais, trocar mais ideias, no Chão de Fábrica, nas vilas, nas conduções. Conscientizar nossos amigos, vizinhos e parentes. Para conseguir um dia nos libertar desta carga tributária. E fazer valer o lema: liberdade ainda que tardia.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pois com menos impostos, diretos e indiretos, seremos mais iguais, mais livres e teremos sobras para investir em mais Educação e Saúde.</span></div>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-22037041764432120892011-08-24T13:50:00.000-07:002011-08-24T13:50:56.172-07:00Vocês pensam que nos enganam<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_tpk5XbwRbWac4I9pjKO3-UrZQUI2BtfEx3AYxbPHRGJQXJJLHSvgGjM_ZYgiBjrIMD5h0tQpJYQOQkizKUTYgQfkI4lvvsWedoOuSde-3UsLbOL9KuS3yWnlHMnPGT1pEE9RLsBEijQ/s1600/Mario+Americo" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="148" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_tpk5XbwRbWac4I9pjKO3-UrZQUI2BtfEx3AYxbPHRGJQXJJLHSvgGjM_ZYgiBjrIMD5h0tQpJYQOQkizKUTYgQfkI4lvvsWedoOuSde-3UsLbOL9KuS3yWnlHMnPGT1pEE9RLsBEijQ/s200/Mario+Americo" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mário Américo, ex-massagista da <br />
Seleção Brasileira de Futebol</td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><b>Por <span class="SpellE">Sivaldo</span> da Silva Pereira, o Espirro, secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</b></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><b><br />
</b></div><div class="MsoNormal" style="font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pelas nossas mãos, assim como dizia o </span><span class="SpellE"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">ex</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">-massagista da Seleção Brasileira de Futebol, Mário Américo, “por estas mão”, numa propaganda do </span><span class="SpellE"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Gelol</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">, pois bem, no Chão de Fábrica e através das nossas mãos criamos as riquezas que fazem nosso Brasil ser cada vez melhor.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Com nosso esforço continuado construímos, hora a hora, o orgulho de agregar valor às matérias-primas e transformá-las em peças de carro, em carros inteiros, em eletrodomésticos, em mercadorias que ao serem consumidas, nos confirmam, todos nós, como trabalhadores, cidadãos e consumidores.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mesmo que não participemos inteiramente desta riqueza, pois nos sobra no final do mês uma </span><span class="SpellE"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">merrequinha</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"> de salário, mesmo assim ninguém nos pode negar que somos a base de sustentação de toda nossa sociedade. Desde a origem da humanidade.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">E talvez exatamente por sermos extremamente essenciais para a comunidade é que os meios de comunicação se esforçam tanto para nos apresentar sempre como desunidos e fragilizados.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">É uma tentativa de manipulação cada vez mais boba, pois enquanto os grandes jornalões, canais de televisão e rádios criam programas para nos distrair da nossa realidade e nos levar a viver num mundo de faz de conta, meio abestalhados, cada vez mais estamos conscientes de nossa força e importância social.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">No Chão de Fábrica só temos a alternativa sentir nossa importância de geradores de riqueza. Vivemos integrado à energia das máquinas. E somos nós que gerenciamos todo o processo produtivo. Se um de nós falhar, coloca tudo em risco. E não há manipulação da mídia que nos tire essa consciência de energia permanente.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Saímos do trabalho exaustos, mas realizados. O estresse que vivemos é porque o dinheiro é sempre menor que o mês. E é um desafio permanente cuidar do aluguel, da escola das crianças, dos remédios e do supermercado.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mesmo faltando grana, não nos deprimimos. A alegria de viver faz parte do nosso DNA. E quando folheamos os jornais cheios de anúncios e com raras reportagens que nos animam a lê-las e nos postamos, cansados, diante de uma televisão vazia de conteúdos, sempre nos vêm à mente: essa elite pensa que nos engana.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mal sabem que cada vez mais somos nós que fingimos que nos deixamos ser ludibriados. Pois temos a determinação de quem faz avançar, hora a hora, a História de nossa época. E a cada intervenção nossa de cada dia, seja na fábrica ou no bairro, no sindicato ou na urna, impomos, aos poucos nosso estilo de trabalhador e cidadão.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Enquanto isso, deixamos os patrões e as elites a seu serviço pensarem que nos enganam.</span></div>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-20786954926060764512011-08-17T08:20:00.000-07:002011-08-17T08:23:45.201-07:00A cor da pele no Chão de Fábrica<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-ZdQgPrx51m85HQZAV2HIH7k4AJnMA-BUDCYHbi0NcWRXhdlyh5rqbQosYu3QxpW6swcCwIhsAxwPMpBLd-PVPdqzvPQdLuMOvYt7R59PDlWk4Udu-5vurAU5LizZSw-DXDgcozKKnR0/s1600/Pedro+Paulo.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-ZdQgPrx51m85HQZAV2HIH7k4AJnMA-BUDCYHbi0NcWRXhdlyh5rqbQosYu3QxpW6swcCwIhsAxwPMpBLd-PVPdqzvPQdLuMOvYt7R59PDlWk4Udu-5vurAU5LizZSw-DXDgcozKKnR0/s320/Pedro+Paulo.jpeg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Pedro Paulo em ação</b></td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: left;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Pedro Paulo da Silva, diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></b></div><div class="MsoNormal" style="font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tenho orgulho de ter nascido, sido criado e ainda viver vinculado à base da pirâmide social brasileira. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">É uma maneira diferente de me apresentar para vocês e confirmar que sou um trabalhador brasileiro, temperado na luta sindical e que aprendi a conviver de maneira </span><span class="SpellE"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">pró-ativa</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"> com os meus companheiros e companheiras do Chão de Fábrica.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aprendi, também, a ampliar a organização e disciplina do Chão de Fábrica </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">para os bairros e vilas, campos de futebol, botecos e rodas de samba. No meio do povão, sou peixe dentro d’água. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">E por isso eu sei que a cor da pele, a raça, a região do Brasil na qual fomos criados se dilui tudo na necessidade imperiosa de colaborarmos, uns com os outros pela sobrevivência. Dentro e fora de uma fábrica.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Seja no Chão de Fábrica, seja nas periferias, nas favelas ou nos cortiços a vida é duríssima. Mas nossos ancestrais descobriram como contornar a violência dos escravocratas, o desmando de alguns chefes, a exploração continuada de nossa mão de obra com muita troca de ideias e com a solidariedade irrestrita uns aos outros.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quem tiver a oportunidade de percorrer uma linha de produção verá o Brasil real gerando riquezas. Todas as cores, religiões, hábitos, jeito de falar estão ali. Todos se respeitam porque sabemos que somos elos essenciais da cadeia produtiva.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas quando saímos do Chão de Fábrica e olhamos para a televisão temos a impressão de estar em turismo em algum país nórdico, que controla alguma colônia do terceiro mundo. Aos negros, são delegados os papéis secundários, com honrosas exceções.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Aos nordestinos, índios, sulistas e gente do campo cabem apenas os estereótipos.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mesmo sentindo o impacto da exclusão não temos tempo para frustração, porque no dia seguinte, no Chão de Fábrica, retomamos o vigor de nossa importância produtiva e social. Ali, provamos valor e somos parte integrante da riqueza gerada.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Talvez nos falte o hábito de pressionar as instâncias democráticas que existem do lado de fora da fábrica. Exigir tratamento igual para todos nós. Mas já temos feito isso sem muito resultado.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por isso, a partir de espaços como este, vamos nos organizar para impor, com o poder de nossos bolsos combinados, com a energia concentrada em nossas carteiras de trabalho e o vigor de nossos títulos eleitorais uma radical mudança na sociedade brasileira.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Começamos hoje a construir um novo Brasil, em que o trabalhador e trabalhadora, seja integralmente respeitado. Tendo oportunidades iguais não apenas para ser mais um braço mas principalmente para ser mais um cérebro. Exigiremos boas escolas, boa saúde, bom respeito para todas as raças, regionalismos e religiões que hoje pulsam no Chão de Fábrica.</span></div>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-47620452163017376982011-08-12T10:01:00.000-07:002011-08-12T10:01:28.421-07:00Torcida social<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A gente pode passar o dia inteiro falando abobrinhas no ônibus, na fábrica, nos encontros com nossos vizinhos. E deixar a vida nos levar sem ter uma opinião formada sobre nada.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ou pode dar uma direção às nossas vidas nos ambientes em que reproduzimos nossas vidas, ou seja, no chão de fábrica, na condução, na igreja ou na vizinhança.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas para dar um rumo na vida temos que saber para onde queremos ir. E quando escolhemos nosso destino, aprenderemos a construir nosso caminho ao caminhar.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Parece simples, mas exige de nossa parte um pouquinho de disciplina.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em vez de sermos apenas os reprodutores dos assuntos sem sentido dos programas humorísticos ou dos resultados do nosso time de futebol, podemos nos preocupar, também, com a situação da escola dos nossos filhos, por exemplo.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vamos descobrir que quando nos preocupamos descobrimos maneiras diretas de avaliar as informações. Da mesma maneira que conseguimos nos informar sobre a situação dos nossos times no campeonato.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aprendemos, também, a fazer com que nossas informações cheguem aos gestores da escola de nossos filhos, do pronto socorro do bairro ou da cidade ou do posto policial.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Descobriremos, você verá se tentar, que cada ação leva a outra ação e assim construímos nossa estrada social ao caminhar. E deixaremos para trás aqueles papos furados e sem sentido e os substituiremos por trocas coletivas de ideias e influenciaremos os rumos da política em nossa cidade, em nosso bairro e até mesmo o ambiente produtivo na fábrica, escritório ou loja que trabalhamos.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Porque vale a famosa regra, se não temos opinião sobre nada, vamos acabar seguindo a opinião de terceiros. E, acredite, existe um batalhão de pessoas trabalhando incansavelmente para nos alinhar com o seu jeito de pensar.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por exemplo, para muitos patrões e uma parte da elite interessam que reforcemos suas teses de um Estado incompetente. Para esse pessoal, quanto mais fragilizado o Estado, mais espaço sobra para eles fazerem negócios de interesse privado.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por isso, reserve parte da conversa com seus amigos para tratar também de assuntos que têm a ver com nossa vida. Vamos continuar, claro, falando do nosso time do coração ou da novela que gostamos de assistir. Mas vamos conferir com nossos companheiros de trabalho ou vizinhos o que achamos sobre a administração da cidade, da escola de nossas crianças e da segurança do bairro.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E vamos arrumar um jeito de deixar o prefeito e os vereadores saberem o que pensamos. Através de envio de e-mails, cartas ou mesmo telefonando para o gabinete do vereador ou do prefeito.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se cada um de nós se transformar num torcedor fanático de nossa vida social vamos conquistar o campeonato de cidadania. Com retorno de curto prazo na nossa qualidade social de vida. Duvida? Então, comece hoje mesmo a controlar o seu próprio destino.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro, secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></b>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-49334433014798249872011-08-01T13:24:00.001-07:002011-08-01T13:25:32.175-07:00Cadê as mídias do Chão de Fábrica?<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">por Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro, secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</b></span><br />
<span style="font-family: Calibri;">Os trabalhadores do Chão de Fábrica são bombardeados todos os dias com noticiário que faz parte da manipulação das elites, na esperança de manipularem nossas vidas.<br />
Acreditamos que as elites, os patrões, empresários e governos temem que acordemos para a famosa frase de William Shakespeare, o mais importante autor teatral de todos os tempos, que escreveu: "É estranho que, sem ser forçado, saia alguém em busca de trabalho."<br />
Sim, muito estranho.<br />
Mas, nós trabalhadores temos um propósito que vai muito além do lucro imediato do patrão. Nosso compromisso é com a reprodução da espécie humana, com a criação dos nossos filhos, com a aposta no futuro da humanidade.<br />
Mesmo assim continuamos na nossa batalha diária. Ampliando com as negociações salariais e através das conquistas via Congresso Nacional, os espaços de decisão a favor dos trabalhadores.<br />
Traduzimos estas conquistas em benefícios sociais e trabalhistas, como o 13o. salário, as férias, a licença maternidade. E nos preparamos, agora, para ampliar nossos direitos com as 40 horas semanais, sem redução dos salários. E vamos lutar até o último voto dentro do Congresso Nacional para colocar um fim no Fator Previdenciário.<br />
De uma certa maneira, portanto, estamos vacinados contra as manipulações que os empresários tentam nos impor através dos meios de comunicação. E lamentamos, apenas, que não exista uma política editorial que leve em consideração as necessidades estratégicas da classe trabalhadora.<br />
Afinal, somos consumidores de mídia. E se fôssemos respeitados com conteúdos jornalísticos que nos ajudassem a melhorar nossa formação e visão de mundo, muito provavelmente se refletiria no aumento da tiragem dos jornais.<br />
Atualmente, os jornalões estão com circulação em queda vertiginosa. Culpa-se a internet. Pode até ser. Mas enquanto não se investir mais em conteúdo que tenha a ver com a realidade econômica dos trabalhadores e trabalhadoras do Chão de Fábrica, que leve em conta nossa vida nos aglomerados urbanos, nossas dificuldades cotidianas com a Educação dos nossos filhos e filhas e com a segurança em nossas comunidades, acreditamos que a tendência de queda nas tiragens vai continuar.<br />
Felizmente, aqui e ali surgem iniciativas que começam a levar em consideração nossos pontos de vista. Que, acreditamos, ajudará a posicionar estes veículos mais agressivos junto a uma nova classe trabalhadora. Que sustenta o mercado interno e que ajuda a consolidar, pela primeira vez em mais de 500 anos, uma nova classe média brasileira.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-59426698978874970902011-07-25T17:47:00.000-07:002011-07-26T05:50:47.084-07:00Humanizar o Chão de Fábrica<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilWRzIfZvToOttaEZ9tC-Hhj_d6WCBICvwC7hTid7iR65stbvLFeX1TJU8qKE2yjl4UAo-A4YfLPoKBqVTx5beaUHWGEXhRK2aiSolSV_6tjGe9-0dlPWcvg2JX2lsqRSelIVoOVetLfc/s1600/Flores+e+maquinas.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilWRzIfZvToOttaEZ9tC-Hhj_d6WCBICvwC7hTid7iR65stbvLFeX1TJU8qKE2yjl4UAo-A4YfLPoKBqVTx5beaUHWGEXhRK2aiSolSV_6tjGe9-0dlPWcvg2JX2lsqRSelIVoOVetLfc/s200/Flores+e+maquinas.png" width="161" /></a></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><b>Por Sivaldo</b><b> da Silva Pereira, o Espirro, secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</b></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><b><br />
</b></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">O Chão de Fábrica de qualquer empresa, pequena ou grande, nacional ou multinacional, é um excelente ambiente para a integração e formação dos trabalhadores.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Encontramos no Chão de Fábrica amostras do Brasil inteiro. Gente de todos os cantos do País, com diferentes sotaques, religiões e raças. É ali, na fermentação continuada, na camaradagem e, até mesmo, algumas pequenas maldades que o trabalhador ou trabalhadora tem sua vivência ajustada ao ambiente de grande responsabilidade, com uma disciplina rigorosa e que exige, de cada um, perceber como pode ajudar o conjunto.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Até se confirmar que é hora do fim do expediente. O corpo cansado e a alma exausta nos faz sair do Chão de Fábrica aliviados. Vamos para casa em busca de repouso ou do carinho dos nossos cônjuges, filhos e filhas. Pregados, nos anestesiamos diante de um aparelho de tevê e relaxamos para recuperar a energia para a batalha do dia seguinte que já sabemos continuará brava.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Muitos de nós esquecemos, infelizmente, que é nestas horas vagas, após ou antes do expediente, que temos condições de humanizar nossas vidas no Chão de Fábrica.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Enquanto nos submetemos à rotina, nos tornamos apenas máquinas e números no registro funcional da empresa. Podemos, portanto, ser trocados por outros trabalhadores que receberão salários menores para nos substituir. E, como números apenas, os computadores da empresa avaliarão o quanto pesamos na folha de pagamento em vez de calcular, também, o quanto somamos às riquezas geradas para a organização.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Mas se carregarmos para fora da empresa a energia que acumulamos no Chão de Fábrica, como muitos companheiros e companheiras já o fazem, a história pode mudar a nosso favor, rapidamente.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Se aproveitarmos nosso tempo livre para conviver com nossos vizinhos e amigos em qualquer atividade social, seja na igreja, no clube ou no sindicato, vamos acumular musculatura social. Ganharemos também voz e combinaremos o vigor de nossa carteira de trabalho com nosso título eleitoral.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Conseguiremos, aos poucos, tornear a cidadania dentro e fora da linha de produção. E transferir para o Chão de Fábrica a mesma gentileza com que nossos colegas nos tratam na igreja, no sindicato ou no clube. Garantiremos, também, direito a opinar sobre os destinos da companhia pois temos a legitimidade de quem entrega a vida para o sucesso da empresa.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Falta o quê então para atingirmos este novo patamar? Pouco, muito pouco. É só deixar cair a ficha e levar para o Chão de Fábrica a mesma humanidade que exercitamos do lado de fora.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Para a gente trabalhar duro mas sem perder a ternura e a civilidade que praticamos quando estamos junto com nossa família, amigos e vizinhos. E mostrar, assim, para os patrões e para os executivos da empresa, que ganharão muito mais se nos ouvirem e humanizarem o Chão de Fábrica.</span></div><div><br />
</div>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-6177101187896672062011-07-19T14:43:00.000-07:002011-07-19T14:46:14.925-07:00Organizar em movimento<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizpY3Rp9ESHxhWRg8qi6G5ELtEbhw_nXu_pWagbXBxLpV4vOYgIQw2na7ZccWZdVTdLlpMvmUEDaHktQ3ld1E5ev42x1Zmwtcq1IFOtS06ATZfSUSTVO1fOI8HDKk2JrxiCRL4UZ7joIw/s1600/nuvens_ceu_azul.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizpY3Rp9ESHxhWRg8qi6G5ELtEbhw_nXu_pWagbXBxLpV4vOYgIQw2na7ZccWZdVTdLlpMvmUEDaHktQ3ld1E5ev42x1Zmwtcq1IFOtS06ATZfSUSTVO1fOI8HDKk2JrxiCRL4UZ7joIw/s200/nuvens_ceu_azul.gif" width="200" /></a></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><b>Por <span class="SpellE">Sivaldo</span> da Silva Pereira, secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá</b></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Atribui-se a Ulysses Guimarães a frase de que devemos discutir política tendo como referência o movimento das nuvens. A realidade muda a todo momento e faz evaporar a certeza de um minuto atrás.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">No nosso dia a dia, como cidadãos e trabalhadores, esta lição se aplica com muito mais vigor. Somos a linha de frente do Brasil. E colocamos, de verdade, a mão na massa para transformarmos matérias primas em mercadorias. Cuidamos das pessoas com os serviços que prestamos. Interagimos com grande intensidade com uma realidade que muda tão rapidamente quanto as nuvens.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Com as consequências que podem se traduzir em fases boas e em ameaças à nossa economia e ao nosso emprego.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Por isso, quando insistimos em discutir Chão de Fábrica e Cidadania é para nos educarmos para uma avaliação continuada de nossa realidade e estarmos sempre preparados para contornar surpresas desagradáveis.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Nos aproximamos de um segundo semestre de grandes mobilizações a favor dos nossos salários, enquanto que a economia brasileira se vê às voltas com os juros mais altos do mundo.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">O Brasil percebeu a importância de os trabalhadores terem participado com seus salários do consumo interno na crise financeira mundial de 2009. Com a nossa sustentação do mercado interno, transformamos o tsunami numa <span class="SpellE">marolinha</span>, como nos explicava o ex-presidente Lula.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Agora, com a permanente ameaça da inflação, com os juros lá em cima e com uma nova crise mundial se desenhando, precisamos conversar muito, trocar muita ideia para que não sobre apenas para os trabalhadores as consequências da próxima crise mundial, real ou imaginária.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Sim, pois nós trabalhadores do Chão de Fábrica somos, muitas vezes, condenados a pagar as contas antes mesmo que as crises aconteçam. Estimulados pelo clima de falta de patriotismo e de pessimismo que infesta a grande imprensa, os patrões que só pensam nos próprios umbigos transformam ameaças em desemprego e retiram dinheiro da economia para os próprios bolsos.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Mas também já somos capazes de grandes mobilizações cívicas. E vamos alavancar nossa energia transformadora do chão de fábrica em ações que mostrem para os patrões e para os governos federal, estaduais e municipais, que precisamos ser continuadamente ouvidos.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">A realidade muda, reconhecemos. Mas não deve mudar sempre para piorar a vida dos trabalhadores.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-84552670526224394752011-07-11T15:58:00.000-07:002011-07-11T15:58:07.230-07:00Mão na massa e massa de manobra<div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Por </span><span class="SpellE"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Sivaldo</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> da Silva Pereira, o </span><span class="SpellE"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Espirro</span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Desde 1985, com o fim da ditadura militar, cumprimos todos os rituais democráticos.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">O Congresso Nacional, as <span class="SpellE">Assembléias</span> Legislativas e as Câmaras Municipais são renovados a cada quatro anos. Período em que substituímos também os membros dos respectivos poderes executivos no País, nos Estados e nas Prefeituras.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Os rituais entre os poderes Judiciário, Executivo e Legislativo funcionam com alguma precariedade, mas funcionam. E o exercício livre e soberano do voto nos enche de orgulho.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Mas...</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Mas continuamos longe da democracia plena. Porque ainda estamos submetidos ao atraso que se acumulou por centenas de anos de um regime escravocrata e de um período recente, desde 1889, de respiros democráticos e sufocos ditatoriais.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Temos, ainda, contra a prática saudável e harmônica da democracia, a defasagem premeditada em nossos sistema educacional. Convivemos, infelizmente, com 75% de analfabetos funcionais. Além disso, trabalhamos demais e vivemos longe demais dos empregos.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">O resultado é um cansaço físico e a falta de tempo que muitas vezes nos excluem da participação direta em eventos democráticos de nosso interesse, como cuidar da qualidade da escola, vigiar o posto médico e exigir mais segurança pública.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">As deficiências naturais da nossa democracia têm levado parte de nossa elite econômica, social e política a tentar usar os que colocam de verdade a mão na massa para gerar as riquezas em massa de manobra dos seus interesses, muitas vezes inconfessáveis.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Por isso, desenvolveram um sistema pronto para se prometer com a certeza de que não se cumprirá. É o que acontece, muitas vezes, dentro das fábricas e, também, nos relacionamentos entre políticos e seus eleitores. Em vez de se respeitar quem coloca a mão na massa, existe a tendência de transformar estes cidadãos e cidadãs em massa de manobra.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Uma prática que tende a ser sistematicamente questionada. Por que? Cada vez mais temos mais informações, trocamos mais ideias, interagimos de maneira consciente nos ônibus, trens e bairros.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">E estamos prontos para melhorar nosso sistema democrático. Com resultados que saberemos aferir através de investimentos diretos em Educação, na Saúde e na Segurança Públicas.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Afinal, somos quem coloca a mão na massa e somos maioria no sistema democrático. E, conscientes, conseguiremos impor nossos pontos de vista social e econômico.</div>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4604296834785940631.post-77960620197101519502011-07-04T13:14:00.000-07:002011-07-04T13:14:42.554-07:00Ainda a televisão<div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><b>Postado por Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro</b></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Na semana passada discutimos o mau uso que é feito das mídias, especialmente, as de grande impacto como a televisão. O retorno dos amigos e companheiros me estimulou a avançar mais um pouco no tema.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Os pais de família sempre às voltas para transferir qualquer gota de conhecimento útil para seus filhos se vêm numa batalha quase que perdida diante da brutalidade com que os meios de comunicação tratam a formação de nossos jovens.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">A gente respira um pouco de civilização aqui e ali, nos programas da TV Cultura e do Canal Futura, com alguns respingos de aposta na formação através das iniciativas do programa do Luciano Huck, com os estímulos aos jovens em soletrar palavras. E só.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">De resto só temos os dramas vazios das novelas, com tramas que destacam os pequenos golpes e os noticiários que cultivam suas audiências em cima da discriminação e dos desrespeito às pessoas. Os apresentadores são ao mesmo tempo Promotores, Juízes e Polícia.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Julgam e condenam todos os que caem nas suas telas em questão de minutos. Mas o fazem de maneira preferencial. Condenam mais rapidamente os mais pobres, mais pretos, mais nordestinos.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Basta noticiarem um crime em bairros elegantes que o personagem se transforma em empresário. Em vez da acusação direta, alegam que supostamente cometeram este ou aquele crime.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Quando colocamos na ponta do lápis os gastos que estas redes realizam com sua programação e descobrimos que todas elas são concessão pública, nos perguntamos até quando vão tratar nossa cidadania com tanto desrespeito.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Não queremos uma televisão estatal, com uma programação controlada por iluminados. Queremos apenas um mínimo de compreensão e bom senso dos responsáveis pelos conteúdos e que nos ajudem nesta árdua tarefa de construir nosso futuro.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Um futuro que poderia ser realimentado e organizado a partir da interação de parte desta programação com os jovens que estão retidos em nossas casas na falta de alternativa de formação ou de empregos.</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Cambria; font-size: 12pt; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">Sei que é sonhar demais lamentar o dinheiro jogado fora nas programações cheias de Big Brother e outras coisas do gênero. Mas é importante que alguém registre o que vai pela alma dos pais e mestres, dos cidadãos e cidadãs, ávidos por um Brasil melhor.</div>Sivaldo da Silva Pereirahttp://www.blogger.com/profile/18442136217043743365noreply@blogger.com0